Escreva o que Procura

 

judas iscariotes

Posted on

A autoria desta epístola tem sido atribuída a duas pessoas com o nome de Judas. Uma destas é o apóstolo Judas, também chamado Lebeu, e Tadeu (Mt 10.3 – Jo 14.22) – mas não há prova alguma de que este apóstolo fosse o ‘irmão de Tiago’, como a si próprio o escritor da epístola se denomina. Em Lc 6.16 e At 1.13 em algumas versões, a palavra ‘irmão’ não está no original – e seria mais conforme com o uso geral da linguagem, e particularmente dos escritores do N.T., se a palavra ‘filho’ fosse empregada em lugar da outra. Além disso, se o escritor desta epístola tivesse sido apóstolo, ele não julgaria necessário apresentar-se como ‘irmão de Tiago’ – nem se distinguiria dos apóstolos, como as palavras do vers. 17 parecem indicar. Disto tudo se conclui que aquele Tiago, mencionado no vers. 1, era realmente o ‘irmão do Senhor’ (Gl 1.19 – veja também Mc 6.3), o qual tem um trabalho distinto na última parte da idade apostólica. E nesta consideração teria estado Judas em relação com Jesus Cristo (Mt 13.55, e Mc 6.3), pertencendo Judas e Tiago, provavelmente, ao número daqueles irmãos do Senhor que estiveram com os apóstolos depois da Sua ascensão (At 1.14 – 1 Co 9.5). (*veja irmãos do Senhor.) Sobre a vida de Judas não temos informações certas. os seus descendentes são mencionados por Eusébio. Conta este escritor que quando o imperador Domiciano mandou que fossem mortos todos os descendentes de Davi, ‘alguns dos heréticos acusaram os descendentes de Judas de pertencerem à família, de Davi, visto como era Judas irmão, segundo a carne, do Salvador e por sua vez descendia Jesus daquele rei’. E depois refere-se à boa confissão da fé cristã, que eles fizeram na presença dos seus perseguidores (Eccl. Hist. iii.20). Não parece que a Epistola tenha sido dirigida a qualquer igreja. Segundo a antiga tradição, trabalhou Judas entre aqueles povos ao oriente da Judéia, e desse fato concluem alguns que a epístola foi mandada aos cristãos que por aquelas regiões se encontravam. Supõem outros que foi escrita para os cristãos da Palestina. Quanto à data, pode ela inferir-se da natureza das heresias e das práticas nocivas que aí são combatidas, e do modo como o autor fala da pregação dos apóstolos, mostrando que a epístola é mais referente ao passado do que ao presente. Parece, então, ter sido escrita no último período apostólico, poucos anos antes da destruição de Jerusalém, talvez cerca do ano 67 d.C. É obvia a relação desta epístola com a 2ª de Pedro. Há, entre as duas epístolas, uma notável semelhança, tanto no pensamento como na linguagem. A elegância do estilo na epístola de Judas, a sua particular forma e vigor nos pensamentos e linguagem, e a sua coerência de idéias, tudo nos leva a crer que a carta é toda original. E, por outro lado, o cap. 2 da 2ª de Pedro, onde se revela a semelhança com a epístola de Judas, parece ser diferente do estilo simples de Pedro. Há, também, na epístola de Pedro algumas expressões que precisam comparar-se com os lugares paralelos de Judas para se compreender a sua significação. Cp. 2 Pe 2.11 com Jd 9. No seu todo a epístola de Judas parece ter sido escrita primeiramente e Pedro, seguindo-a até certo ponto, usa-a de um modo independente, resumindo alguns pensamentos e acrescentando novas particularidades. o fim especial desta epístola parece ter sido acautelar os cristãos contra os falsos doutores que faziam consistir toda a religião na crença especulativa e profissão exterior, procurando arrastar os seus discípulos à insubordinação e licenciosidade. A carta pode dividir-se em duas partes: a primeira trata do castigo dos falsos mestres (vers. 5 a 7), e a segunda, do seu caráter em geral (8 a 19). Para ilustrar a doutrina que apresenta, ele recorre, como Paulo em certos casos (2 Tm 3.8, At 17.28, e Tt 1.12), a fontes diferentes das Escrituras. A referência à disputa entre Miguel e o diabo acerca do corpo de Moisés foi, segundo se diz, tirada da Assunção de Moisés, apocalíptica obra judaica, que se supõe ter sido escrita pelo ano 50 d.C., existindo dela apenas fragmentos. A obra etíope, Livro de Enoque, que é citada no vers. 14, era bem conhecida nos tempos em que foi escrito o Novo Testamento, notando-se coincidências de pensamento e linguagem em algumas das epistolas paulinas, na epístola aos Hebreus, e no Apocalipse. A característica da epístola é o emprego que o autor faz dos trios. observe-se nos vers. 1 e 2 a triplicação da saudação e da bênção. Três exemplos de justiça divina são citados: o dos israelitas incrédulos, o dos anjos rebeldes, e das cidades da planície, vers. 5 a 7. Três tipos de maldade, a de Caim, a de Balaão, e a de Coré, vers. 11. Três classes de homens maus: murmuradores, queixosos da sua sorte, obstinados. Três maneiras de proceder para com os que erram: ‘compadecei-vos de alguns que estão na dúvida’ – ‘salvai-os, arrebatando-os do fogo’ – ‘Sede também compassivos em temor’, v*veja 22 e 23.

judas iscariotes
Homem de Queriote (Queriote Hezrom). Um dos doze apóstolos, o que traiu Jesus Cristo. É chamado o filho de Simão iscariotes (Jo 6. 71). o seu caráter, com o resultado final, foi sempre do conhecimento de Jesus (Jo 6.64). A sua fraqueza logo se manifestou na cena da unção em Betânia (Jo 12.4,5). As palavras, ‘por que não se vendeu?’ manifestavam o sentimento dos doze – mas a idéia de que o ungüento devia ser vendido para socorrer os pobres era de Judas, como o dá a entender S. João, acrescentando que ele tinha proposto a venda daquela essência por ser ladrão, pois ‘tendo a bolsa, tirava (isto é, subtraía) o que nela se lançava’ (Jo 12.4 a 6). E por esta revelação já se explica o ato que mais tarde praticou. Sendo ele, pois, cobiçoso, e não podendo conformar-se com a natureza da missão de Jesus Cristo, foi-se fortalecendo no seu espírito aquele sentimento que se acha indicado pelas palavras, ‘entrou nele Satanás’ (Jo 13.27) – e a triste conseqüência foi o pacto com os principais sacerdotes, e a entrega de Jesus Cristo. Depois daquela cena em Betânia, as más idéias começaram a preocupar a sus alma (Mt 26.14). Satanás achou o seu instrumento, e Judas foi ter com os príncipes dos sacerdotes (Lc 22.3,4). Provavelmente ele esperava mais do que as trinta moedas de prata (Mt 26.15), porque, na verdade, houve discussão sobre a quantia que lhe haviam de dar. Por fim, determinou fazer o papel de traidor, e esperou a ocasião. Com tudo isso não se separou de Jesus. Acompanhou o Divino Mestre e os seus colegas na ida a Betânia e de Betânia a Jerusalém – esteve com eles no horto de Getsêmani (Jo 18.2) – e na última Ceia lá se encontrava ele também, sendo lavados os seus pés pelo Salvador, e perguntando como os outros discípulos: ‘Sou eu?’ (Mt 26.25). E completou a sua infâmia, entregando com um beijo o Mestre, o que aumentou a tristeza da sua vitima (Lc 22.48). Praticada a vil ação, foi Judas atormentado pelo remorso. E pode-se dizer que o arrependimento era sincero pelo seu desejo de desfazer o que tinha praticado (Mt 27.3,4). Foi neste estado da sua alma que ele lançou aos pés dos sacerdotes as trinta moedas de prata, sendo por eles escarnecido. Foi ‘o filho da perdição’ (Jo 17.12), não havendo para ele esperança de perdão nesta vida – e assim ele ‘retirou-se e foi enforcar-se’ (Mt 27.5). As diversas descrições da sua morte se harmonizam, sendo compreendido que Judas primeiramente se enforcou em alguma árvore que estivesse à beira de um precipício, e que, quebrando-se a corda ou o ramo, ele foi despedaçado na queda. Em At 1.20 se liga a morte de Judas com as predições dos salmos 69.25, e 109.8 – vede também Jo 17.12.

judas iscariotes
Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da lista dos discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflete a má fama de Judas como traidor de Jesus.
A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa “homem de Queriote”. Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos.
Os Evangelhos não nos dizem exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao grupo de seus seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou tantos outros (Mt 4.18-22). Judas funcionava como tesoureiro dos discípulos, e pelo menos em uma ocasião ele manifestou uma atitude sovina para com o trabalho. Foi quando uma mulher por nome Maria derramou ungüento precioso sobre os pés de Jesus. Judas reclamou: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos pobres?” (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que Judas disse isto “não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão.”
Enquanto os discípulos participavam de sua última refeição com Jesus, o Senhor revelou saber que estava prestes a ser traído e indicou Judas como o criminoso. Disse ele a Judas: “O que pretendes fazer, faze-o depressa” (Jo 13.27). Todavia, os demais discípulos não suspeitavam do que Judas estava prestes a fazer. João relata que “como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa da Páscoa…” (Jo13.28-29).
Judas traiu o Senhor Jesus, influenciado ou inspirado pelo maligno ( Lc 22.3; Jo 13.27). Tocado pelo remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos captores de Jesus e enforcou-se. (Mt 27.5)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *