o ‘calor do dia’ (Mt 20.12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3.8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2.19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7.19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14.24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11.11 – Jo 20.19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13.35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13.35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18.28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11.9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6.10, At 2.15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12.40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7.5), e dia de ruína (Jó 18.20, e os 1.11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)