o Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, é, nas Sagradas Escrituras, denominado ‘o Espirito’, ‘o Santo Espírito’, ‘o Espírito de Deus’, ‘o Espirito do Filho de Deus’, e o ‘Consolador’. Na criação o Espírito pairava por sobre as águas (Gn 1.2 – Jó 26.13) – foi dado a certos homens para realizarem a sua obra: Bezalel (Êx 31.2,3), Josué (Nm 27.18), Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29), Saul (1 Sm 11.6), Davi (1 Sm 16.13) – foi especialmente manifesto nos profetas (Ez 11.5 – Zc 7.12), foi dado para luz dos homens (Pv 1.23), prometido ao Messias (is 11.2 – 42.1), e a ‘toda a carne’ (Jl 2.28). No N.T. o Espirito Santo se manifesta no batismo de Jesus (Mt 3.16 – Mc 1.10), e na tentação (Mt 4.1 – Mc 1.12 – Lc 4.1) – imediatamente depois da tentação (Lc 4.14) – e na ocasião em que Jesus, falando em Nazaré, recorda a promessa messiânica de is 61.12 – (cp. com 42.1 a 4). Do mesmo modo fala o Santo Espírito ao velho Simeão dirigindo-o nos seus passos e pensamentos (Lc 2.25 a 27). o dom do Espírito Santo é, de uma maneira determinada, prometido pelo nosso Salvador (Lc 11.13). No quarto Evangelho, o ensino de Jesus quanto à obra do Espírito é mais preciso. ‘Deus é Espirito’, com respeito à Sua natureza. A não ser que o homem novamente nasça ‘da água e do Espírito’, ele não pode entrar no reino de Deus (3.5). o Espírito é dado sem medida ao Messias (3.34). Referindo-se Jesus às promessas messiânicas (is 44.3 – J12.28) falou do ‘Espírito que haviam de receber os que nele cressem’ (7.39) – porquanto o Espirito, na Sua manifestação e operação, ainda não tinha sido dado (7.39) – mas, na qualidade de Consolador, Paracleto, Advogado (14.16,26 – 15.26 – 16.7 – Jo 2.1) – Espírito da verdade, por quem a verdade se expressa e é trazida ao homem (15.26 – 16.13). Ele havia de ser dado aos crentes pelo Pai (14.16), habitando neles e glorificando o Filho (16.14), pelo conhecimento que Dele dava. Em 1 Jo 3.24 a 4.13 esta presença íntima do Espírito é um dos dois sinais ou característicos da união com Cristo – e o Espírito, que é a verdade, dá testemunho do Filho (1 Jo 5.6). Nos Atos, a manifestação do Espírito é feita no dia de Pentecoste, e o fato acha-se identificado com o que foi anunciado pelo profeta (2, 4, 17, 18) – Ananias e Safira ‘tentam’ o Espírito, pondo à prova a Sua presença na igreja (5.9) – o Espírito expressamente dirige a ação dos apóstolos e evangelistas (1.2 – 8.29, 39 – 10.19 – 11.12 – 16.7 – 21.4) – e inspira Ágabo (11.28). Nas epístolas de Paulo a presença do Espírito Santo está claramente determinada (Rm 8.11 – 1 Co 3.16 – 6.17 a 19). É Ele o autor da fé (1 Co 12.3 – cp. com 2 Co 4.13) – no Espírito vivem os homens (Gl 5.25), por Ele são ajudados nas suas fraquezas (Rm 8.26, 27), fortalecidos por Ele (Ef 3.16), recebendo Dele dons espirituais (1 Co 12), e produzindo frutos como resultado da Sua presença (Gl 5.22). Por meio Dele há a ressurreição dos que crêem em Cristo (Rm 8.11). Pedro (1 Pe 1.2) escreve acerca da santificação, como sendo obra do Espírito Santo. No Apocalipse se vê que S. João conscientemente é influenciado pelo Espirito (1.10 – 4.2) – e a mensagem dirigida às sete igrejas é a mensagem do Espírito (2.7, 11, 17, 29). o Espírito Santo é uma pessoa da SS. Trindade, e não simplesmente um método de ação divina (vejam-se especialmente as palavras de Jesus Cristo: Jo 14.16, 17 – 15.26 – 16.7, 8 – cp com Mt 12.31, 32 – At 5. 3, 9 – 7.51 – Rm S.14 – 1 Co 2.10 – Hb 3.1, etc.). o Espírito procede do Pai e do Filho (Gl 4.6 – 1 Pe 1.11, etc). É Ele tanto ‘o Espírito de Deus’ como ‘o Espírito de Cristo’ (Rm 8.9). E assim nos mistérios da redenção, e de uma nova vida, na regeneração, na santificação, e na união com Cristo, é uma Pessoa que, na Sua operação, como auxiliador do homem, é ainda Aquele que pode ser negado, entristecido, e apagado (Ef 4.30 – 1 Ts 5.19). (*veja Trindade. )