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cristão

Esta palavra ocorre somente três vezes no Novo Testamento (At 11.26 – 26.28 – 1 Pe 4.16) – e todas estas referências sugerem que o nome era de origem e aplicação pagãs. Eram os cristianos donde se derivou cristão. A mesma formação se vê na palavra ‘herodianos’, que quer dizer partidários de Herodes. Nos Atos e Espístolas, todos aqueles que abraçavam as doutrinas de Jesus Cristo se chamavam a si mesmo discípulos, irmãos, santos, etc. o honroso título que prevaleceu nas igrejas desde o segundo século, tendo o sentido de uma particular afeição e devoção para com a santa pessoa de Jesus, parece ter tido a sua origem numa alcunha pagã. ‘Em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos’ (At 11.26). Em concordância com este uso gentílico está o governador romano, Festo, que afasta a idéia de tornar-se cristão (At 26.28). E S. Pedro diz que ser alguém acusado de cristão nos tribunais romanos não é motivo para um crente envergonhar-se mas para dar glória a Deus (1 Pe 4.16). Tácito, escrevendo pelo ano 116 (d. C). acerca da perseguição movida pelo imperador Nero (64 a 68), diz que tinham sido infligidos grandes castigos àqueles ‘a quem a populaça chamava cristãos’. o escritor Claúdio também se refere aos que seguiam um certo Cresto, que era um nome de uso comum com a significação de amável. Desta particularidade sobre o sentido da palavra se aproveitaram os apologistas cristãos do segundo século, acentuando esse caráter de gentileza, de amabilidade, completamente vazio de ofensa, em resposta a serem acusados de malfeitores os discípulos de Jesus Cristo.

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