agnosticismo

O termo “agnosticismo” vem do grego “ágnostos”, que significa “não cognoscível”.
O Vocábulo é de origem mais ou menos recente. É conhecido e usado pela primeira vez no sentido moderno e familiar por Thomas Huxley (1825-1895) em 1869, como ele mesmo narra em seu escrito “Agnosticism” de 1889 e inserido nos “Collected Essays” . Em oposição à “gnose”, Huxley entendeu essa palavra no sentido de “não saber nada” sobre um argumento ou encontrar-se perante um problema insolúvel. Naturalmente, foi o ambiente filosófico favorável da época, com o ceticismo de Hume e a filosofia crítica de Kant, que permitiu a Huxley cunhar e divulgar o termo “agnosticismo” como expressão de um certo pensamento. Huxley escolheu-o para apresentar-se também com um “ismo” e assim classificar seu pensamento junto aos colegas da “Metaphysical Society” de Londres, como a moda dos “ismos” de então o exigia.
O novo vocábulo assumiu e conservou sucessivamente um significado mais restrito e mais preciso, indicando uma posição de “não conhecimento” da verdade metafísica ou de “não conhecimento” da existência de uma realidade sobrenatural, dita justamente “incognoscível” . Já os atenienses dos tempos de S.Paulo Apóstolo dirigiam-se a um Deus desconhecido (agnósto Theó) levantando-lhe altares e fazendo-lhe orações.
Portanto, “agnosticismo” significa, de modo geral, a atitude espiritual de quem suspende o próprio juízo sobre a existência e natureza do Absoluto e da Divindade. Declara a inatingibilidade, por parte da mente humana, dos problemas referentes à primeira origem da realidade, à natureza de Deus e ao último destino do homem.
Não deve ser confundido com o ceticismo, porquanto é mais uma abstração do que uma negação do conhecimento: o agnosticismo convida a uma posição de neutralidade entre a afirmação e a negação a respeito de tudo quanto se relacione com os problemas do Absoluto.