O livro de Rute foi escrito para os israelitas. Ensina que o amor genuíno às vezes pode exigir grande sacrifício. Independentemente do nosso lugar na vida, podemos viver de acordo com os preceitos de Deus. Amor e bondade genuínos serão recompensados. Deus abençoa abundantemente aqueles que procuram viver uma vida obediente. A vida de obediência não permite “acidentes” no plano de Deus. Deus estende Sua misericórdia aos misericordiosos.
| Livro de Rute | Livro de Rute |
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| Rute 1 | Rute 3 |
| Rute 2 | Rute 4 |
Quem foi Rute?
Este conto encantador reúne de forma ficcional uma antiga tradição a respeito de uma estrangeira da época dos Juízes , que se tornou a bisavó de Davi. Não sabemos nada de seu autor e certamente foi escrito depois do exílio na Babilônia, entre 520 e 450 AC. C.
Uma mulher moabita, viúva de um homem judeu, que por seguir incondicionalmente sua sogra (1:16) se muda para Israel e abraça a fé de seu marido falecido. Lá ela conhece Boaz, e ele a toma como esposa em conformidade com a lei do “levirato”. Desta forma, Rute entrou na comunidade de Israel e dela veio a linhagem de David.
Este conto contém um exemplo admirável de piedade filial, bem como de obediência à Lei e de solidariedade familiar. Nele encontramos também aquele espírito de simplicidade e confiança que é característico dos “pobres do Senhor”. Mas o livro de Rute, como o de Jonas, é antes de tudo um testemunho a favor da corrente universalista que então começava a se manifestar. Essa corrente procurou contrariar a atitude rigorosa com que Esdras e Neemias, assim como o profeta Malaquias, insistiam em garantir a fé tradicional, por meio da separação estrita de outras nações e da proibição absoluta de casamentos mistos.
Pertencente a um povo estrangeiro e inimigo do Povo Eleito (Dt 23.4-7), ele se torna o protótipo do “prosélito” que abandona os cultos pagãos para adorar o Deus de Israel e se torna um modelo de todas as virtudes. Por meio dela, a judia Noemi recebe a bênção de um descendente. Assim, ela merecia figurar no Evangelho entre as quatro mulheres do Antigo Testamento mencionadas na genealogia de Jesus. E é no Novo Testamento onde o universalismo latente neste Livro se manifestaria com todas as suas consequências.