CAPÍTULO 8 (31 d.C.) JESUS CURA UM LEPROSO QUANDO desceu Ele do monte (esta Mensagem em particular agora estava terminada), Seguiu-O uma grande multidão (é o resultado da “autoridade” com que Ele ensinou).
2 E, eis que veio um leproso (naquele tempo a lepra era considerada como um símbolo do pecado) e O adorou, dizendo (considerou-o como O Senhor , lhe reconhecendo como O Messias): Senhor , se quiseres, podes tornar-me limpo (somente Cristo pode limpar do pecado, de que a lepra era um tipo).
3 E Jesus estendendo Sua Mão, tocou-lhe, dizendo: Quero; sê limpo (esta declaração para sempre dá por confirmada que a Vontade de Deus é Salvação e Cura; Seu ato de lhe tocar não o limpou, ao contrário, Sua Palavra o fez; segundo o Grego, durante o momento em que Sua Mão tocasse o homem ele estava já limpo; assim, Jesus não quebrantou a Lei ao tocar a um leproso). E logo ficou purificado da lepra (imediatamente quando a palavra “Quero” foi falada).
4 E Jesus lhe disse: Olha, não o digas a ninguém (a Missão de nosso Senhor em Sua Primeira Vinda era tratar com o pecado e sofrer seu julgamento no Calvário; Ele suprimiu algo que poria obstáculo nesse propósito da Graça, e proibiu ao homem publicar o fato de sua cura), mas vai, mostra-te ao Sacerdote, e apresenta a oferta que determinou Moisés, para que lhe sirva de Testemunho (a Lei da Limpeza do Leproso se encontra em Lv., caps. 13 e 14). A CURA DO SERVO DO CAPITÃO
5 E, entrando Jesus em Cafarnaum (Sua Sede), veio a Ele um Centurião (um Capitão Romano com autoridade sobre 100 homens), lhe togando (fortemente Lhe suplicava implorando; Jesus veio para limpar não somente a Israel, mas para libertar os Gentios também, e, por conseguinte, o servo do Oficial Romano foi-liberto de seu mal),
6 E dizendo: Senhor (o Judeu leproso tinha chamado a Jesus, “Senhor ,” e agora, o Centurião Gentio o chama “Senhor ,” proclamando-O Senhor de Todos), meu, criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado (esta enfermidade era uma paralisia com contrações nas juntas, acompanhada com um sofrimento intenso; a vida do homem estava em perigo de morte).
7 E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde(a ênfase não está na chegada, e sim, em Quem vem, ou seja Cristo; o “Eu” é enfático, que quer dizer, “Eu posso, e Eu o farei!” uma vez mais, “Eu o curarei” dá por afirmada a resposta à pergunta quanto à Cura Divina).
8 E respondendo o Centurião disse-lhe: Senhor , eu não sou digno de que entres debaixo do meu telhado (provavelmente sua maneira de referir-se indiretamente a si mesmo como um Gentio), mas somente diga uma Palavra, e o meu criado sarará (a Palavra de Cristo era tudo o que era necessário, e o soldado se dava conta disso).
9 Pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado, Faz isto, e ele o faz (a inteligência deste Centurião era muito notável; ele raciocinou que os soldados tivessem que obedecê-lo porque em sua pessoa residia a autoridade do Imperador e, de igual forma, a enfermidade obedece a Jesus porque nele está a Autoridade de Deus).
10 E ouvindo isso, Jesus maravilhou-se (registra-se aqui uma das duas únicas instâncias em que Ele se maravilhou; a “Fé” deste Gentio, e a “incredulidade” dos Judeus [Mc. 6:6]), e disse aos que O seguiam: Em verdade vos digo, que nem mesmo em Israel encontrei tanta Fé (é uma representação do fato de que os Gentios aceitariam à Cristo, enquanto que Israel não o faria).
11 E Eu vos digo (demonstra a aceitação de Cristo pelos Gentios, e Sua rejeição pelos Judeus) que virão muitos (Gentios) do Oriente e do Ocidente, e se assentarão com Abraão, Isaque e Jacó, no Reino dos Céus (viriam no Pacto Abrâmico [Gn. 12:1-3; Gl. 3:14]);
12 E os filhos do Reino (Israel) serão lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes (morreriam sem Deus, indo assim para o Inferno, devido a sua rejeição a Cristo).
13 Então, Jesus disse ao Centurião: Vai, e como creste (por “crer,” e não por fazer algo) te seja feito. E, naquele mesmo momento, o seu criado sarou. A SOGRA DE PEDRO É CURADA
14 E entrando Jesus na casa de Pedro (em Cafarnaum), Ele (Jesus) viu a mãe de sua esposa (a sogra de Pedro) que jazia na cama com febre.
15 E tocando Ele (Jesus) em sua mão, logo a febre a deixou (imediatamente): e levantando-se ela, Os servia (preparou um jantar). OS DEMÔNIOS EXPULSOS; MUITOS DOENTES CURADOS
16 E, chegada a tarde (quando o Sábado se terminou ao pôr do sol), trouxeram a Ele (Jesus) muitos endemoninhados (demônios), e com Sua Palavra expulsava deles os espíritos, e curava a todos os que estavam enfermos,
17 Para que se cumprisse o que foi dito pelo Profeta Isaías (Is. 53:4), que disse: Ele tomou sobre Si nossas enfermidades, e levou as nossas doenças (tomou a penalidade de nosso pecado e nossas enfermidades). AS PROVAS DO DISCIPULADO
18 E Jesus, vendo uma grande multidão em torno de Si, ordenou que (instruções) passassem para o outro lado do lago (ao lado oriental do Mar da Galiléia).
19 E, aproximando-se um Escriba (perito na Lei de Moisés), Lhe disse: Mestre, Te Seguirei por onde quer que fores.
20 E disse-lhe Jesus: As raposas têm suas cavernas, e as aves do Céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde recostar Sua Cabeça (a Terra tinha espaço para as raposas e os pássaros, mas não há lugar para Cristo; o “Filho do Homem” refere ao feito de que Ele tomará de novo o domínio, o qual foi feito na Cruz). h,
21 E outro de seus Discípulos (não era um dos doze) Lhe disse: Senhor , permite-me que primeiro sepulte meu pai (cuidar de meu pai até que ele morra).
22 E Jesus lhe disse (em tom de censura): segue-Me (nada deve estar como obstáculo no caminho); e deixa que os mortos enterrem os seus mortos (deixe que os mortos espirituais enterrem a seus mortos físicos). JESUS ACALMA A TEMPESTADE
23 E entrando Ele Seus Discípulos O seguiram,
24 E, eis que, no mar, levantou-se um tão grande temporal (uma grande tempestade), que o barco era coberto pelas ondas; mas Ele porém estava dormindo.
25 E chegando-se a Ele Seus Discípulos, despertaram-No, dizendo: Senhor , nos salve porque perecemos (Só Ele nos pode salvar).
26 E Ele disse-lhes (a razão de seu dilema): Por que temeis, homens de pouca fé? (Uma fé mau dirigida.) Então, levantando-se, Repreendeu-os ventos e o mar (grande poder), e seguiu-se uma grande bonança (“vós de pouca fé” ocorre quatro vezes [cuidado, Mt. 6:30; medo, Mt. 8:26; incredulidade, Mt. 14:31; raciocínio, Mt. 16:8]). no barco,
27 E os homens se maravilharam (assombraram-se), dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar Lhe obedecem? (Ele é homem, mas também Ele é Deus.) OS ENDEMONINHADOS GADARENOS
28 E quando Chegou na outra margem (ao lado oriental da Galiléia) na província dos Gadarenos, saíram-Lhe ao encontro dois endemoninhados (possuídos de demônios), vindos dos sepulcros (onde eles viviam), eram tão ferozes (maníacos), que ninguém podia passar por aquele caminho.
29 E, clamando (falavam, dirigindo-se Cristo), diziam: O que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? (Os demônios tinham mais inteligência que os discípulos de pensamento moderno.) Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? (o Julgamento [Ap. 20:1-3].)
30 E longe deles estava uma manada de muitos porcos (porcos) pastando.
31 E os demônios Lhe rogaram, dizendo: Se nos expulsas (posto que Você está nos jogando fora), permite-nos entrar naquela manada de porcos (deixar os homens e habitar nos porcos).
32 E Ele lhes disse: Vão (proclama Seu consentimento). E eles saindo, se foram àquela manada de porcos; e, eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro (o Mar da Galiléia), e morreram nas águas.
33 E os porqueiros fugiram então (muito às pressas), e vindo à cidade, contaram tudo o que tinha acontecido com os endemoninhados (sua libertação completa).
34 E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus, e quando O viram (requereu-se um certo momento até encontrá-lo), rogaram-Lhe que saísse de seu território (comarca).
Nota: A explicação do versículo está entre parênteses (), inicia a explicação (explicação), continua o próximo verso.