Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (Jó 35.11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1.8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1.11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3.12,13 – Hb 8.1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14.2) – um lugar de felicidade (1 Co 2.9), e de glória (2 Tm 2.11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4.10, 11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25.34 – Tg 2.5 – 2 Pe 1.11) – Paraíso (Lc 23.43 – Ap 2.7) – uma herança (1 Pe 1.4) – cidade (Hb 11.10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7.15,16), em completa alegria e felicidade (Sl 16.11), vida essa acima da nossa compreensão (1 Co 2.9).