A principal fonte de azeite entre os judeus era a oliveira. Havia comércio de azeite com os negociantes do Tiro, os quais, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não o produzem de boa qualidade. Foi na quantidade de 20.000 batos (2 Cr 2.10), ou 20 coros (1 Rs 5.11), o azeite fornecido por Salomão a Hirão. o comércio direto desta produção era, também, sustentado entre o Egito e a Palestina (1 Rs 5.11 – 2 Cr 2.10,15 – Ed 3.7 – is 30.6 – 57.9 – Ez 27.17 – os 12.1). A ‘oferta de manjares’, prescrita pela Lei, era, freqüentes vezes, misturada com azeite (Lv 2.4,7,15 -8.26,31 – Nm 7.19 – Dt 12.17 – 32.13 – 1 Rs 17.12,15 – 1 Cr 12.40 – Ez 16.13,19). o azeite estava incluído entre as ofertas de primeiros frutos (Êx 22.29 – 23.16 – Nm 18.12 – Dt 18.4 – 2 Cr 31.5) – e o seu dízimo era reclamado (Dt 12.17 – 2 Cr 31.5 – Ne 10.37,39 – 13.12 – Ez 45.14). o azeite ‘para a luz’ devia ser, por expressa ordenação, o azeite das azeitonas esmagadas no lagar (Êx25.6 – 27.20,21 -35.8 – Lv 24.2 – 1 Sm3.3 – 2 Cr 13.11 – Zc 4.3,12). Usava-se o azeite na consagração dos sacerdotes (Êx 29.2,23 – Lv 6.15,21), no sacrifício diário (Êx 29.40), na pu-rificação do leproso (Lv 14.10 a 18,21,24,28), e no complemento do voto dos nazireus (Nm 6.15). Certas ofertas deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do pecado (Lv 5.11) e por causa de ciúmes (Nm 5.15). os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto ou dalguma calamidade abstinham-se de usá-lo. Nos banquetes dos egípcios havia o costume de ungir os hóspedes – os criados ungiam a cabeça de cada um na ocasião em que tomavam o seu lugar à mesa (Dt 28.40 – Rt 3.3 – 2 Sm 12.20 – 14.2 – Sl 23.5 – 92.10 – 104. 15 – is S1.3 – Dn 10.3 – Am 6.6 – Mq 6.15 – Lc 7.46). Também se aplicava o azeite externamente ou internamente como medicamento (is 1.6 – Mc 6.13 – Lc 10.34 – Tg 5.14). Geralmente era ele empregado nos candeeiros, que no Egito têm um depósito de vidro, onde primeiramente se derrama água: a mecha é feita de algodão, torcida em volta de uma palha (Mt 25.1 a 8 – Lc 12.35). o azeite indicava alegria, ao passo que a falta denunciava tristeza, ou humilhação (is 61.3 – Jl 2.19 – Ap 6.6). Muitas vezes é tomado simbolicamente o azeite por nutrição e conforto (Dt 32.13 – 33.24 – Jó 29.6 – Sl 45.7 – 109.18 – is 61.3). (*veja Unção, oliveira.)